A Força das Duplas Roteirista-Diretor
Uma reflexão sobre algumas das parcerias que marcaram a história do cinema e os laços criativos entre escritores e cineastas.
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Na (longa) edição de hoje:
parcerias lendárias da época dourada de Hollywood à Nova Hollywood
dois roteiristas italianos que influenciaram múltiplos diretores
a harmoniosa relação Kushner-Spielberg na criação de The Fabelmans
uma intrigante separação entre roteirista-diretor na era do cinema mudo
Peço desculpas pelo textão, caro leitor. Não tive tempo de escrever um texto mais curtinho.
Tempo de leitura: 13 minutos.
Era uma vez, uma anedota sobre Hollywood:
Frank Capra, aclamado pela crítica por seus filmes extraordinários que contribuíram para estabelecer a comédia screwball como um novo gênero cinematográfico, concedeu uma entrevista a uma revista no final dos anos 1930, na qual discutiu o “Capra’s Touch” em suas obras premiadas.
No entanto, Capra nunca mencionou Robert Riskin nessa entrevista.
Além de ter sido o principal colaborador de Capra em um relacionamento de longa data e uma lendária parceria, Robert Riskin foi um dos grandes roteiristas da era de ouro de Hollywood.
Cineastas como Billy Wilder corriam para o escritório de Riskin, no estúdio da Columbia Pictures, em busca de conselhos e valiosas dicas que o experiente roteirista oferecia.
Após ler a matéria na tal revista e cansado de ouvir falar sobre o famoso Capra’s Touch, há rumores de que Riskin apareceu no escritório de Capra e atirou uma pilha encadernada de 120 páginas, todas rigorosamente em branco, sobre a mesa do diretor. Na capa, uma breve mensagem de Riskin:
Try putting the Capra’s touch on that!
Vale lembrar que nesse período, o roteiro era peça central na fábrica de estórias nos estúdios de Hollywood.
Tudo isso pode ter sido apenas um boato que Everett, o próprio irmão de Riskin, ajudou a espalhar. Philip Dunne, também roteirista e amigo dos irmãos, afirmou que o escritor era um cavalheiro e sempre foi muito generoso com Capra.
Riskin apreciava a amizade e também o sucesso compartilhado com o diretor. Já Frank Capra parecia estar apenas interessado nos roteiros do parceiro — ele não apareceu ao funeral de Robert Riskin em 1955 e sempre minimizou a importância do roteirista em público. Em sua biografia, escrita após a morte do “amigo”, Capra abraça a recém-nascida teoria do auteur e promove o mito “one-man, one-film”, tachando Riskin e outros roteiristas como “assistentes bem intencionados”.
Ian Scott, em seu livro In Capra’s Shadow: The Life and Career of Screenwriter Robert Riskin (2006), comenta que “embora o relacionamento nunca tenha sido manchado por qualquer desentendimento real, foi o fim da parceria Capra-Riskin após 1941 que foi considerado o início da longa e gradual queda de Riskin”.
Durante a guerra, o relacionamento da dupla eventualmente esfriou e uma das grandes parcerias do cinema chegou ao fim.
Duplas Históricas
As parcerias criativas e duradouras entre diretores e roteiristas não são exclusividade de Hollywood e sempre fizeram parte da história do cinema. A roteirista italiana Suso Cecchi d'Amico iniciou sua carreira na década de 1940 e colaborou em mais de 100 filmes, incluindo diretores como Vittorio De Sica e Luchino Visconti.
Na França, Jean-Claude Carrière e Luis Buñuel colaboraram por dezenove anos. Jean Gruault contribuiu com roteiros para François Truffaut, Alain Resnais e Jacques Rivette. Gérard Brách ganhou destaque pela parceria com Roman Polanski e Jean-Jacques Annaud. E enquanto dirigia seus próprios filmes, a romancista Marguerite Duras criou roteiros para Alain Resnais.
De acordo com a observação de Steven Maras, autor de A History of The Screenplay (2013), foi a colaboração de Alain Resnais com Duras em Hiroshima Mon Amour (1959) e com Alain Robbe-Grillet em L'Année dernière à Marienbad (1961) que produziu os primeiros roteiros nos quais notamos a força autoral do roteirista no filme.
Segue o video da Criterion com as palavras do próprio diretor sobre a colaboração com Robbe-Grillet no roteiro de Last Year at Marienbad:
Outro roteirista de peso, que exerceu uma influência marcante sobre inúmeros diretores e contribuiu em algumas das obras-primas mais influentes do cinema europeu, foi o poeta Antonio “Tonino” Guerra. Sua sensibilidade poética, finura para a metáfora e riqueza em simbolismo, foram algumas das razões pelas quais Tarkovsky sempre o queria por perto.
The one who wants to understand the poet must go to the poet.
— Andrei Tarkovsky
Colaborar com diferentes diretores foi característico de Guerra — dos seus 96 filmes creditados, dez foram dirigidos por Michelangelo Antonioni, onze por Francesco Rosi e oito por Theo Angelopoulos. Outras parcerias incluíram gigantes como Federico Fellini, Vittorio De Sica, Elio Petri, os irmãos Taviani e Mario Monicelli. Sobre a associação com tantos diretores, Guerra afirmou: “tenho uma cara diferente para cada um deles”.
A romancista e doutora em prática de roteiro pela University of Art and Design de Helsinki, Riikka Pelo, faz uma análise sobre as formas que Guerra dedicou-se com diferentes cineastas ao longo de sua carreira. Em seus estudos, a autora finlandesa considera como Tonino Guerra exerceu um papel de “psicanalista” e “advogado do diabo” quando colaborou com Theo Angelopoulos. O poeta italiano desafiava a abordagem subjectiva e a visão do diretor grego, ao mesmo tempo em que o apoiava nas descobertas e explorações de novas ideias.
Por outro lado, ao compor o roteiro de Amarcord (1973), Guerra compartilhou uma abordagem autobiográfica profundamente pessoal com Fellini — ambos passaram a infância no mesmo vilarejo na região da Emília-Romanha, norte da Itália. Amarcord foi o primeiro de três filmes nos quais Guerra colaborou com o diretor. Já com Antonioni, o roteirista juntou forças com o diretor em (quase) todas as suas obras (dez no total), com excessão de Professione: reporter (1975).
Depois de recitar poemas (em dialeto romanhol) para seus companheiros italianos no campo de concentração de Troisdorf, onde Guerra foi deportado durante a guerra, o poeta seguiu para Roma nos anos 1950 e começou a trabalhar como roteirista para pagar as contas, mas sem nunca abondar a poesia. Foi na capital italiana que Guerra conheceu Antonioni, iniciando assim uma profunda amizade e longa parceria professional.
Em artigo para a Criterion, David Hudson aponta que Guerra e Antonioni tinham “discussões longas e violentas”, segundo o próprio Antonioni, uma vez que é justamente “isso que o torna (Guerra) ainda mais útil”. A situação de declínio e distanciamento nos filmes, principalmente na trilogia da incomunicabilidade (L’Avventura, La Notte, L’Eclisse) é fruto de uma sofisticada consciência estética de Antonioni, mas foi Guerra quem registrou esses sentimentos no branco da página.
Também parceiro de Antonioni e Fellini, outra importante figura da vanguarda europeia e um dos principais pensadores do movimento neo-realista, foi o roteirista Cesare Zavattini. Ele colaborou com Luchino Visconti, Alessandro Blasetti, Alberto Lattuada e Roberto Rossellini.
Especificamente, foi a longa parceria com Vittorio De Sica que se destacou como a mais notável e produtiva da carreira de Zavattini — o roteirista completou 126 filmes, sendo 26 em conjunto com o diretor. A dupla criativa De Sica-Zavattini produziu obras-primas como Ladri di biciclette (1948) e Umberto D. (1952).
Tal como uma lista de filmes incomparáveis, Zavattini e Guerra também nos deixaram um legado histórico como exemplos excepcionais do trabalho em dupla, evidenciado pela pluralidade de diretores com quem colaboraram ao longo de suas produtivas carreiras.
Qual seria então o papel do roteirista hoje — muitas vezes ainda invisível — junto com o diretor? E vice-versa?
Duplas Contemporâneas
Tony Kushner, vencedor de Pulitzer, Tony e Emmy, além de diversas nomeações ao Oscars e das principais premiações do entretenimento norte-americano, precisou escrever quatro roteiros — Munich (2005), Lincoln (2012), West Side Story (2021), e The Fabelmans (2022) — em colaboração com Steven Spielberg para se auto-declarar um roteirista. O próprio Kushner se considera, antes de tudo, um dramaturgo.
A colaboração com Spielberg começou com um trabalho de reescrita na versão do roteiro de Eric Roth (outro roteirista prolífero) para o filme Munich. Dezessete anos depois, e pela primeira vez, a dupla Kushner-Spielberg assina um roteiro juntos em The Fabelmans. O filme não apenas concorreu na categoria Best Picture, mas também foi um dos finalistas de melhor roteiro original no Oscar de 2023.
Numa entrevista para o The Hollywood Reporter sobre seu último trabalho com o diretor, Kushner compartilha como foi o processo de colaboração com Spielberg e confessa que nunca tinha escrito em parceria. Em experiências anteriores, seu trabalho como roteirista (e dramaturgo) foi sempre isolado.
A dupla começou o projeto em Outubro de 2020 por Zoom:
“Steven e eu estávamos no Zoom […] Eu digitava tudo, o que também significava que eu não precisava dizer as coisas em voz alta; eu podia mostrar a ele o que eu achava e qual deveria ser a próxima frase usando a ferramenta de colaboração no FinalDraft. Ele se sentia muito mais à vontade para falar. Mas começamos com uma página em branco e um outline, depois escrevemos palavra por palavra, linha por linha, juntos”.
Assim, o trabalho prosseguiu por dois meses, com reuniões três vezes por semana em sessões de quatro horas, por meio da plataforma Zoom.
Kushner depositava enorme confiança em Spielberg (quem não?) — visto que o diretor não só possui profundo conhecimento sobre estrutura dramática, mas também tinha uma afiada apreciação pela linguagem e uma extraordinária visão para o filme. Em caso de impasse, a dupla ruminava pacientemente os momentos de desacordo durante o processo de desenvolvimento:
“Sempre senti que parte do meu papel como colaborador é lutar por aquilo em que acredito ser a maneira correta de seguir […], e então ele (Spielberg) precisa contra-argumentar. […] Tenho certeza de que houve momentos em que ele realmente desejou que eu simplesmente me calasse e fosse embora, mas ele sabe que não vou desperdiçar seu tempo; se decido brigar por algo, é porque acredito que é importante. […] Mas sempre se trata de tentar entender um ao outro. Esse processo, por mais difícil que possa ser, também é incrivelmente empolgante”.
O dramaturgo destaca um ponto importante sobre a relação entre escritor-diretor: é essencial que saibamos, como roteiristas, quais batalhas valem a pena lutar. Se acreditamos que uma cena deve ser de determinada forma, mas o diretor tem uma ideia diferente, é urgente teimar por aquilo que julgamos correto, mas também compreender o ponto de vista do outro.
É imprescindível questionarmos: essa cena pode ser filmada exatamente como descrita no roteiro? Qual a emoção, o sentimento que gostaria de transmitir? Onde está a dramaturgia? Quais os beats cruciais da cena que eu não posso abrir mão? Estou, de fato, contando a história, ou somente exibindo técnica e engenhosidade?
Proponho um breve exercício: leia esta cena do roteiro de Munich e tente fabular algumas das imagens que poderiam ser filmadas.
Agora, assista ao vídeo e veja como Spielberg, com toda sua maestria, utiliza o roteiro de Kushner para criar uma cena poderosa, sem seguir a risca o que estava retratado na página.
Percebeu os cortes nos diálogos, o silêncio, a sutil música e, o mais significativo, o que Spielberg optou por não filmar? Este exemplo ilustra como uma dupla em sintonia pode elevar o resultado final, tanto no aspecto dramático da cena/filme como esteticamente. Afinal, estamos assistindo a imagens em movimento, não lendo um romance.
É nesse equilíbrio orgânico entre texto e imagem que as duplas bem-sucedidas alimentam o potencial de plasmar constelações de obras capazes de superar, tanto dramaticamente quanto visualmente, um diretor ou roteirista que opta por trabalhar de forma solitária.
Sidney Lumet, considerado um dos diretores mais prolíferos da era da Nova Hollywood, afirmou que a teoria de auteur o envergonhava e considerava pretensioso reivindicar esse rótulo para si mesmo. Lumet, entusiasta da palavra escrita, iniciou sua carreira no teatro e acreditava que “o trabalho do escritor é sagrado”.
Em seu livro “Fazendo Filmes” (1998), o diretor explica seu processo ao trabalhar em parceria com o roteirista:
“Quando me encontro pela primeira vez com o roteirista nunca digo a ele coisa alguma, mesmo se achar que há muita coisa a fazer. Ao invés disto, faço-lhe as mesmas perguntas que fiz a mim: De que trata esta história? O que foi que você viu? Qual foi a sua intenção? Em condições ideais, se fizermos isto bem, o que você espera que o público sentirá, pensará, vivenciará? Com que disposição você deseja que as pessoas saiam do cinema?”.
Lumet salienta que roteirista e diretor, ao se esforçarem para unir talentos, devem chegar a um consenso sobre o propósito do roteiro. Em circunstâncias ideais, essa nova intenção, até então desconhecida, surgirá de forma orgânica, despertando a verve cinematográfica entre a dupla de criadores. Entretanto, em cenários desfavoráveis, um curso angustiante de ideas diferentes e conflitantes pode ocorrer, levando a um resultado sem rumo, confuso ou simplesmente medíocre na tela.
O meu trabalho é servir o escritor. — Sidney Lumet
No caso da famosa dupla Schrader-Scorsese, o fato de ambos pertenceram à mesma tradição de moralidade cristã, porém de ancestralidades distintas — Scorsese sendo essencialmente urbano, católico e sul-europeu, enquanto Schrader é rural, protestante e norte-europeu — ao unirem forças no ato criativo, há um constante embate em termos de sensibilidade. Segundo Schrader, é esse “conflito de sensibilidades que torna a parceria vibrante”.
Ainda sobre a célebre dupla e pensando no aclamado Taxi Driver (1976): será que Scorcese teria filmado o mesmo Taxi Driver, caso Paul Schrader não tivesse dedicado uma página inteira do roteiro à descrição literária de Travis Bickle?
Talvez esta seja uma pergunta impossível de responder. É certo que o filme contém traços autorais dos dois cineastas e isto é inquestionável. Como diz a inscrição feita por Scorsese na fotografia da dupla:
From one Travis to another.
Arte Colaborativa ou Campo de Batalha?
De Riskin-Capra, Nichols-Ford, Mankiewicz-Welles, Schrader-Scorsese, Rayfield-Pollack a Kushner-Spielberg, os duos continuam em voga. Alguns cinéfilos lamentam a separação dos irmãos Coen (provavelmente temporária), mas novas parcerias emergem para preencher o vazio.
Os diretores Dan Kwan e Daniel Scheinert, conhecidos como The Daniels, ganharam o prêmio de Melhor Filme no Oscar de 2023, enquanto outros exemplos do mainstream também comemoram o sucesso comercial de seus filmes, como os irmãos Safdie (Josh e Benny Safdie), irmãos Russo (Anthony e Joseph Russo), Phil Lord e Christopher Miller.
Não podemos deixar de mencionar o belo e despretensioso cinema independente de Kelly Reichardt, em colaboração com o escritor Jonathan Raymond. A dupla trabalha desde 2006 e aparenta ter uma relação harmoniosa entre texto e imagem. Dos oito longas-metragem de ficção de Reichardt, seis carregam o nome de Raymond como roteirista.
A direção é a segunda metade do trabalho de um roteirista, enquanto o roteiro é a primeira parte do trabalho de um diretor. — Joseph L. Mankiewicz
Entre os roteiristas esquecidos e relegados ao anonimato pela própria história do cinema, o caso de Eliot Stannard se destaca. Ele foi o principal colaborador de Alfred Hitchcock e possivelmente o roteirista britânico de maior sucesso na era do cinema mudo, com 167 filmes creditados. O pesquisador Ian W. Macdonald dedica um capítulo do livro Screenwriting Poetics and the Screen Idea (2013) à súbita separação Stannard-Hitchcock no início de 1929 e o fim da carreira do roteirista.
Charles Barr, professor e uma das maiores autoridades no trabalho de Hitchcock, sugere que talvez o diretor tenha responsabilizado Stannard pelo fracasso dos últimos dois filmes da dupla — Champagne (1928) e The Manxman (1929). Barr sublinha que Hitchcock era notoriamente confiante em relação à autoria de seus filmes, o que fortalecia a percepção de que ele utilizava roteiristas como secretários e agentes qualificados para executar suas próprias ideias.
MacDonald propõe que a relação entre roteirista e diretor, além de ser muito próxima, cria um espaço de cruzamento e justaposição. Os exemplos históricos aqui mencionados tomam em consideração que o mistério da criação pode (deve?) ser compartilhado. Em contrapartida, ainda hoje os roteiristas frequentemente trabalham nas sombras da produção cinematográfica, sem nunca pisar num set de filmagem.
Um roteiro nunca é domínio exclusivo do roteirista ou do diretor, e somente quando ambos são verdadeiros colaboradores é que o filme resultante funcionará tão bem quanto possível. — Alexander Mackendrick
Transformar ideias abstratas em imagens em movimento continua sendo uma tarefa complexa e conseguir um match com o diretor perfeito — aquele cineasta inventivo, sensível, capaz de compreender e estimular as mais profundas ambições do roteirista — raramente acontece.
Da mesma maneira, os diretores também buscam matches com um escritor demiurgo, sagaz em colocar pensamentos subjetivos no papel e ler, como um profeta, a mente do diretor para extrair as imagens extraordinárias que ali habitam, e assim transpô-las, de forma econômica, numa narrativa convincente.
O roteirista está convencido de que o diretor não entende os múltiplos significados que ecoam em seu texto de prosa poética, encharcado de subtexto e eloquência, uma vez que o realizador descarta as páginas suadas do escritor genial, antes mesmo de ler uma linha. Por sua vez, o diretor, com postura inacessível, permanece convicto de que o roteirista está aquém da sua visão inovadora, tentando fazer com a linguagem o que só ele pode fazer muito melhor com imagens.
Tal como Marc Norman ilustra em What Happens Next: A History of American Screenwriting (2007) — apesar do discurso sobre o cinema ser uma arte colaborativa, a metáfora mais adequada seria a de um campo de batalha.
Talvez as duplas de sucesso sejam uma anomalia — as exceções que confirmam a regra. Gosto de pensar que não.
Fade out --
F.S.